24 de ago. de 2005

Poema e tradução

A una playa
jo me he ido
para ver al mar,
perfecto símbolo del olvido.

Una ola se levanta
y después se contradice.
Otras olas se levantam
y mueren bajo mi nariz

como si nada acontecera
y cada día, cada minuto
fuera siempre algo nuevo.

Me quedo sorprendido
porque soy hecho de recuerdos,
porque soy un árbol de sangre.

-x-x-

A uma praia
fui em pensamento
para ver o mar,
símbolo do esquecimento.

Uma onda se levanta
e depois se contradiz.
Outras ondas se levantam
e morrem embaixo de meu nariz

como se nada acontecera
e cada dia, cada minuto
fosse sempre algo novo.

Fico surpreso
porque sou feito do que lembro,
porque sou uma árvore de sangue.

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